domingo, 25 de julho de 2010

Pilares



com os pilares um pouco desbalanceados...

sexta-feira, 23 de julho de 2010

I Forum Universalista - Uni-Luz




vai ser bem legal.


todos convidados.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Amo

Te amo
Te como
Completo
Sem certo
Sem errado
que me foi dado
respiro e descubro

intensifico a entrega
aceite. não nega
compreende
incorpora
entende
agora
Amo

sábado, 17 de julho de 2010

Exposição fotográfica no Zu Lai






> Prezado(a) Carlos Valadao,
>
> O Templo Zu Lai convida-o (a) para a exposição fotográfica de Maddio Jugend: A Presença do Buda no Sudeste Asiático que acontecerá no Templo Zu Lai de 10 de julho a 31 de agosto de 2010.
>
> Para mais informações, por favor, queira abrir o convite anexo.
>
> De mãos postas!
>
> Mestra Miao Duo
> Abadessa




Devo armar um comboio pra ir no sabado 24 ou 31.
Se você se animar, entre em contato!
Pi

quarta-feira, 14 de julho de 2010

em branco




Engraçado olhar para a tela em branco, e todo o potencial que ela tem para ser escrita.
Eu pensei em escrever sobre corpo, sobre homeopatia, sobre um filme (k-pax), sobre uma música (Maria Joana), mas acabei com vontade de escrever sobre o vazio.

Esse vazio sobre o qual eu falo não é a simples ausência de objetos, mas sim o espaço onde há potencial pra qualquer tipo de coisa se manifestar.

É comum chegarmos a um lugar novo, a uma pessoa nova, ou a um filme novo com muitas idéias e perguntas, com julgamentos e preconceitos. E é elementar que toda essa bagagem distorça a nossa experiência.
Também é provável que nosso senso comum entenda a palavra 'desprendimento' como algo radical e frio, como uma interdição ao desejo e renúncia ao que é mundanamente prazeroso.

Mas é possível enxergar beleza nessa experiência de esvaziar, e encarar o novo lugar, a nova pessoa ou o novo filme com a maravilha de uma criança pequena que olha tudo espantada como se fosse a primeira vez.

Mantenha sempre uma mente de principiante, encare todo e qualquer ser como um mestre que tem muito a ensinar (e isso não quer dizer se indispor a ensinar também!)

Abra bem a palma da mão onde pousa o que se ama, porque com as mãos abertas e o copo vazio, você comporta todo um universo, e abra mão de querer ter sempre razão, porque com esse desprendimento é perfeitamente possível se deliciar com as maravilhas do mundo manifesto, assim como entender que é perfeito com aquilo que se é, aqui e agora.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

recortes



Brinco que minha primeira percepção de mortalidade foi quando descobri que não vou conseguir ler todos os livros que eu gostaria. Até então, eu sentia aquela angústia ao entrar no sebo ou na livraria. Parecia que os livros estavam todos me olhando e esperando a sua vez, e o tempo passando...

Algum tempo depois notei a mesma angústia relacionada a outras áreas da minha vida. Como se eu estivesse sendo cobrado para dar atenção, pelo menos um pouco, por todos os livros, filmes, amigos, namoradas, familiares, religiões, hobbies, disciplinas.

Eu ia na feirinha anual da Pompéia ou na Festa Junina do colégio, onde grande parte do meu grupo de amigos se reunia, e tentava ficar um pouco com cada grupo, e ligava pra um por um pra ir ao seu encontro, nem que fosse apenas pra cumprimentar.
Então começou a vir o vazio, de ter ficado um pouquinho aqui, um pouquinho lá, de ter dado oi pra um prestando atenção no outro, e de no fundo não ter ficado com ninguém realmente.

Queria fazer yoga de manhã, trabalhar dez horas no dia, fazer exercício de noite, e fazer uma leitura antes de dormir. Ser 'super' homem.

Mais uma vez, chega uma percepção de mortalidade e finitude. Algo muito humano, como uma relação entre grande potencial de auto realização e vida extremamente curta pra abarcar tudo.

O movimento digital que as relações vem fazendo também me ajudaram nessa reflexão. Há muita informação, há muita facilidade de encontrar e contatar qualquer pessoa, há um mundo de possibilidades bem na sua frente, nessa telinha que você está olhando agora. Mas há também uma brevidade e finitude como limitador desse tudo.

E em um processo de maturidade a gente começa a ver completude e perfeição no parcial, no momento. E inevitavelmente vamos em direção à qualidade e intensidade das experiências, e não na quantidade.

domingo, 4 de julho de 2010

Domingo



Com uma certa frequência ouço pessoas dizerem que odeiam o domingo.
Curiosamente, tenho observado que sinto exatamente o contrário, domingo tem sido meu dia favorito na semana.
Enquanto para alguns a sensação que predomina é a de que o fim de semana está acabando, ou pior, que a segunda-feira está cada vez mais próxima, pra mim o domingo é um dia 'fora da semana'.
Pouca gente sai na rua, especialmente de manhã, e vejo mais pessoas idosas saindo para fazer mercado ou simplesmente passear.
Existe, pra mim, algo de mais apropriado para sair da minha rotina e de meus hábitos e me observar um pouco, observar a cidade e observar as pessoas.

Hoje vejo o domingo como uma oportunidade. Uma oportunidade de sair um pouco de um contexto que predomina hoje, de que tudo é feito para atingir um objetivo, para otimizar da melhor forma possível o tempo, e fazer o maior número de coisas possíveis com nosso 'tempo livre'.
Às vezes é interessante experimentar um pouco do intransitivo, não necessariamente ser algo ou fazer algo, mas sim apenas ser, ou apenas fazer, sem expectativa ou objetivo.

Como diz Gilberto Gil na canção 'Domingo no parque':

Amanhã não tem feira
Ê, José!
Não tem mais construção
Ê, João!
Não tem mais brincadeira
Ê, José!
Não tem mais confusão
Ê, João!...


Mesmo gostando tanto do domingo, enquanto escrevo ele está no seu finzinho, já são 21:23...
E isso não me angustia. Nem um pouco.

quinta-feira, 1 de julho de 2010