domingo, 31 de janeiro de 2010

Experimente


Na medida em que vamos nos conhecendo e aprendendo sobre nós mesmos, notamos que aquilo que se manifesta como ‘indesejável’ também é nosso, e deve ser percebido, abraçado, e compreendido.

Ás vezes surge o mau humor, às vezes surge o desânimo, às vezes a raiva. Aceitar não quer dizer conformar-se passivamente com esses sentimentos, mas sim sê-los quando eles precisam surgir, e transformá-los através da ação, quando for conveniente.


Quando exercitamos essa percepção, descobrimos que o sentimento ou sensação tem um início, tem seu auge, seja ele extasiante ou incômodo, e tem seu fim. E isso nos leva a vivenciar tal sensação na sua completude e intensidade de forma que não há o apego que evita seu fim e nem a aversão que desvia e não a encara.


Por que ficar no aqui e agora, e não devanear no passado e no futuro?


Porque quando o momento é vivido de forma completa, ele não é convocado a voltar em nome dos “bons tempos”, e quando somos inteiros naquilo que estamos fazendo, dificilmente temos ansiedade ou temor do que vem pela frente.


Soa romântico demais? Um pouco longe da nossa realidade?


Experimente. Certas coisas não podem ser transmitidas pelas palavras e pelo texto.

Então, exercite, vivencie e perceba a sensação da atenção calma e plena.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Movimento transpessoal



" A palavra transpessoal foi introduzida no começo do século XX por William James, C. G. Jung e, mais tarde, por Gardner Murphy. Entretanto, quem melhor desenvolveu o assunto foi Ken Wilber, compreendendo em sua obra uma grande teoria da consciência humana e sua evolução àquilo que ele chama de Espírito, a força animadora e unificadora e a inteligência do Universo que os humanos podem identificar de muitas maneiras: pelo amor, pelo reconhecimento do que é comum nos outros e em nós mesmos e pela experiência mística.
(...)
O termo estudos transpessoais refere-se ao estudo disciplinado de experiências e comportamentos humanos observados ou relatados, nos quais um sentido individual aparece e se estende além dos seus limites comuns para englobar aspectos da vida ou do Cosmos mais amplos, largos ou profundos.
Estudos transpessoais podem centrar-se nas implicações éticas ou morais de tais comportamentos e experiências; temas culturais ou relacionados com textos; processos de desenvolvimento e evolucionários; aplicações na educação, saúde, mudança social e outras áreas; ou uma série de outros tópicos."


sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Açucena




Que surpresa
susto...
...pressa
...presa
solto...

sotaque
ta querendo?
so ta querendo

o sexo
a sesta
da sexta

risoto
to riso
ri solto

a praga
da pratica
na praia

assim a cena
acena
açucena

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

A gente tem que ser e estar em cada gesto




Outro dia comentei: “Como seria interessante se pelo menos uma vez por mês pudéssemos nos ver de fora. Prestar atenção em como estamos agindo e reagindo, de uma perspectiva menos envolvida, mais neutra.”

Não é fácil mudar velhos hábitos, e lidar com mecanismos recorrentes que usamos para remediar temporariamente um desconforto psíquico. No dia-a-dia estamos tão entregues a esses hábitos e mecanismos, que tomamos atitudes ou reações sem o menor controle de nós: brigamos com nossos pais, dirigimos com ansiedade e pressa, falamos e pensamos mal de quem nos cerca, invejamos.

Mas é possível estar atento. Observar como eles surgem. E aí então dar o próximo passo que é o agir, falar, pensar consciente.

Algumas vezes me deparo com a pergunta pra que serve a meditação?

E acho que essa é uma das respostas. Meditar é voltar-se pra si, se conhecer, e desenvolver essa atenção constante, que não nos deixa agir como se não estivéssemos lá.

O cotidiano sempre vai nos distrair e desviar, mas é possível (e importante) sempre retornar. Retornar para o seu centro. Para o aqui e agora.