quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

A gente tem que ser e estar em cada gesto




Outro dia comentei: “Como seria interessante se pelo menos uma vez por mês pudéssemos nos ver de fora. Prestar atenção em como estamos agindo e reagindo, de uma perspectiva menos envolvida, mais neutra.”

Não é fácil mudar velhos hábitos, e lidar com mecanismos recorrentes que usamos para remediar temporariamente um desconforto psíquico. No dia-a-dia estamos tão entregues a esses hábitos e mecanismos, que tomamos atitudes ou reações sem o menor controle de nós: brigamos com nossos pais, dirigimos com ansiedade e pressa, falamos e pensamos mal de quem nos cerca, invejamos.

Mas é possível estar atento. Observar como eles surgem. E aí então dar o próximo passo que é o agir, falar, pensar consciente.

Algumas vezes me deparo com a pergunta pra que serve a meditação?

E acho que essa é uma das respostas. Meditar é voltar-se pra si, se conhecer, e desenvolver essa atenção constante, que não nos deixa agir como se não estivéssemos lá.

O cotidiano sempre vai nos distrair e desviar, mas é possível (e importante) sempre retornar. Retornar para o seu centro. Para o aqui e agora.

2 comentários:

  1. Ai, Pi, é isso mesmo. Totalmente. Eu estou nesse exercício constante de retornar, retornar, retornar. sempre tendo que me policiar. Você tem dicas de facilitadores para a meditação?

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  2. Se isso é meditar, eu medito. Sem "vazios" e músicas relaxantes, assim mesmo, no cotidiano. Vale, né?

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