- Não comece um período de Zazen sem considerar porque você se senta. Saiba sua intenção. Saiba que não existe "nenhum lugar aonde ir, nada a alcançar." Esteja consciente de pensamentos ambiciosos.
- Verifique sua postura. Independentemente de como se sentar, o corpo deve estar ereto (mas não rígido), equilibrado, e relaxado. O local de se sentar deve estar limpo e confortável. ( Mas nós podemos praticar em qualquer local e em qualquer posição - mesmo deitados, se doentes ou exaustos).
- Sente-se todos os dias. Tente não perder mais de um dia na semana. Se a resistência vier (é uma parte normal da prática), esteja consciente de que isto consiste em pensamento; e como todo pensamento, ela não precisa dominar você. Apenas observe-a. Sinta-a no seu corpo. E não se intimide nunca.
- Uma vez por semana, sente-se por 10 a 15 minutos a mais do que você gostaria de se sentar.
- Não se torne obcecado pela prática. Em nenhuma hipótese o trabalho ou as responsabilidades familiares devem ser negligenciados em favor do sentar.
- Quando estiver chateado, não evite o sentar. Por mais difícil que possa ser, é crucial sentar quando as dificuldades surgem.
- Saiba que o sentar é simplesmente manter a consciência do corpo e da mente. Esteja consciente de qualquer desejo de fazer do sentar uma fuga da vida para entrar em estados de transe pacífico; tais estados podem ser sedutores mas não servem para nada.
- Esteja consciente de que o período de lua-de-mel para os novos praticantes é freqüentemente seguido por resistência, possível turbulência, e irrompimentos emocionais. Apenas continue praticando com particular ênfase em sentir as sensações do seu corpo.
- Esteja consciente de que "atingir algo" através da prática (tal como uma clareza especial, insights, mente pacífica) não é o ponto. Isso pode ocorrer - mas o ponto é sua consciência do que quer que esteja acontecendo, incluindo confusão, desencorajamento ou ansiedade.
- Mantenha sua prática para si mesmo. Não tente ensinar os outros. Deixe seus amigos e sua família em paz. Existe um velho ditado que diz, "deixe que peçam três vezes..." O que você pode dar aos outros é como você vive.
- Não gaste o tempo da prática em planejamento. Não existe nada de errado em planejar, mas escolha um outro momento para isso. Se tiver pensamentos sobre planos quando estiver sentado, rotule-os.
- Na vida diária, esteja bastante atento ao desejo de fofocar ou reclamar, de julgar os outros ou a si mesmo, de se sentir superior ou inferior.
Toda a prática pode ser resumida em (1) observação do processo mental e (2) a experiência das sensações corporais presentes. Nem mais e nem menos.
E finalmente, lembre-se que a verdadeira prática não é sobre técnicas ou koans ou qualquer outra coisa como um fim em si mesmo, mas sim sobre a transformação da sua vida e da minha. Não existem "soluções mágicas". Nossa prática é sobre a nossa vida e nós praticamos para sempre.
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