domingo, 9 de janeiro de 2011

Sinais de uma mudança saudável

Perenidade é um termo que pode ser entendido da seguinte forma: manter o ciclo atual saudável, e impulsionar crescimento para o próximo ciclo. Ou seja, perpetuação, continuidade.


Acredito que tanto o conceito de perenidade como o de ciclos de desenvolvimento, podem ser aplicados tanto à história humana, quanto à de uma organização, quanto à de um indivíduo.

E nesta semana em uma palestra sobre Estratégia Empresarial percebi o quanto foi possível fazer paralelos entre a saúde de uma organização com a saúde de um indivíduo ou comunidade segundo a tradição budista.


Percebi durante a palestra, aparecerem noções fundamentais do budismo como a de interdependência: tudo está interligado em uma empresa, e eventos nos mais diferentes departamentos tem efeito em outros de natureza totalmente diferente. Assim como o ‘networking’ é importante porque um bom desempenho individual também depende (e muito) de toda uma teia de relacionamentos.


A noção de impermanência: nada é definitivo, e como a organização é um organismo vivo, presencia constante mudança e uma dinâmica na qual se ela para de crescer ou se renovar, perde a perenidade e morre.


E por fim, a noção de não-ego, onde a vontade e o trabalho de um indivíduo não tem tanta força como a de uma equipe, um departamento, ou da organização como um todo.


Nota-se uma mudança de mentalidade no que diz respeito a uma visão mais abrangente.
Muito frequentemente hoje encontramos médicos que tratam do indivíduo de forma holística e integral, não mais tão fechados e restritos ao orgânico.
A inteligência emocional está sendo mais e mais valorizada nas empresas.
A multidisciplinaridade é cada vez mais comum nas formações e trajetória dos indivíduos.


Talvez, e essa é minha opinião, esses são sinais de que estamos rumando em direção a novos ciclos de desenvolvimento, e mais elevados níveis de consciência em relação a nós mesmos, ao coletivo e ao planeta.